Thursday, May 12, 2005

expiração indevida





No embalo longínquo que se fez
Madrugada no final de noite intensa
Revelada a pressa duma tez
que da alma brotou e foi imensa...

A luz que me cegava (e me cegou)
Ténue, pura, afoita e forte
De leve, num rompante, se apagou
Alumiando a côr de certa morte!

O regaço das chamas estremunhado
Queimou, dilacerou, deixou assim
Todo o meu corpo, o meu espírito abandonado...

Inquebrantável loja de ternura
Fechada para sempre, para mim,
Aberta a idiotice da amargura!

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